Por que Velô?

Velô era como minha mãe, Elidia, chamava o meu pai. O primeiro nome dele era João, mas todos o chamavam pelo sobrenome: Velozo. Velô era carinho, amor e acolhimento.

Meu pai faleceu em 1997, três anos antes de a Ana Luíza nascer. Ela não teve a oportunidade de conhecê-lo, conviveu muito com a minha mãe.

A família Velozo veio de uma fazenda em Silvianópolis, uma cidade muito pequenina no sul de Minas Gerais. Velô tinha 12 anos e começou a trabalhar como servente de pedreiro para ajudar a família.
Visitei sua cidade natal quando criança, com meus pais e dois irmãos. Família de 8 irmãos, meu pai era o caçula, mas foi o que mais estudou e ajudou os pais e irmãos, com suporte emocional e financeiro.

Velô era um leitor voraz não só de livros, mas de jornais impressos, culminando com a leitura de três a quatro jornais aos domingos. Acompanhava as notícias diariamente pela televisão também.

Ele gostava de fazer isso do seu escritório em casa. Nós convivemos muito e ele chegou a dizer, quando eu estava na faculdade, que poderíamos escrever um livro juntos. Acabei fazendo isso, mas sozinha e muitos anos depois desta conversa no carro, depois do trabalho.

Quando ficou desempregado, ele se reinventou. Como estava com 43 anos, não conseguia emprego, decidiu ser empreendedor. Meu primeiro emprego foi com ele, era secretária, ajuda na organização de documentos, atendia ao telefone e aprendia o que era ter seu próprio negócio com sócios. Na verdade, ele teve três negócios.

Velô não conseguiu terminar o ensino médio. Fez isso quando nós já morávamos em SBC. Depois que concluiu, prestou vestibular e passou em Direito na faculdade de SBC.

Ele ficou tão feliz que, quando chegou em casa e saiu do carro na garagem, deu a pasta dele pra minha mãe, tirou os sapatos e pulou de terno na piscina. Uma pena não ter conseguido se formar por conta das demandas de trabalho. Ele trabalhava em SP.

Minha mãe me contou, depois que ele faleceu, que ele se emocionou e chorou na minha formatura. Ele me ajudou na abertura da empresa que tenho com minha sócia até hoje, Companhia de Idiomas.

O Instituto Velô nasce inspirado por essa história de vida para desenvolver habilidades, transformar olhares e repertórios, explorar a arte para expandir a consciência e evoluir. Abandonar os clichês!

Quem Somos

Lígia Velozo

Ligia Velô. Professora de inglês e português por 20 anos. Sócia-fundadora da Companhia de Idiomas e Verbify desde 1991. Nasceu e mora em Sampa. Amante da natureza e das artes, em especial poesia e fotografia. Tem cursos de fotografia pelo MIS, Casa do Saber com Cláudio Edinger; mentorias com Cláudio Feijó; arte terapia, pintura e literatura, em especial Clarice Lispector, Virginia Woolf, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa e Edgar Allan Poe. É mobilizadora cultural à frente do Sarau Conversar desde 2014. Casada com o Ennio, mãe da Stephanie e da Ana Luíza, e também dos seus doguinhos Bono e Mel. Graduada em Letras e Tradução pela Unibero. Curso de Business English em Boston pela ELC e extensões em Branding e Business Intelligence pela ESPM, Marketing de Serviços pela FGV, Gestão de Pessoas pelo Insper, Marketing Digital pela Escola Madia Marketing. Mediadora do grupo HR Talks e Apoio à Transição de Carreira. É coautora do Guia para Programas de Idiomas em empresas e autora do livro de poemas Fora da Linha. Participou de 5 antologias, sendo 3 brasileiras, 1 francesa e outra portuguesa. Colunista dos portais das Revistas Você RH e Exame.

Quem Somos

Ana Velozo

Meu nome é Ana Luíza, mas gosto de ser chamada de Ana. Nasci e cresci em São Paulo. De onde fiquei 3 anos longe, quando, em 2018, acabei indo para Portugal para tirar a Licenciatura em Artes Visuais e Tecnologias Artísticas, na Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto. Além de estar em contato com as múltiplas áreas da arte plástica e do audiovisual, também tive a oportunidade de trabalhar em diferentes projetos, como na criação de peças e ajuda na montagem de exposições, realizar workshops de artes com crianças e famílias e estagiar no Claraboia Ateliê na área de educação artística infantil. Hoje, trabalho na equipe editorial da Revista Revirada Feminista, responsável pela criação artística.